alberto veiga

Natural de Vila Nova de Gaia, veio aos 10 anos para o Brasil, dedicando sua atividade inicialmente ao comércio. Chegou a Santos por volta de 1893, aqui estreando no jornalismo como redator do Diário de Santos, fundando mais tarde o vespertino A Folha, na qual revelou suas extraordinárias aptidões para as lides da imprensa.

Regressando ao Rio, pouco tempo depois voltava a Santos, passando a trabalhar com Olímpio Lima, na A Tribuna. Sua atividade neste jornal foi das mais intensas e profícuas, destacando o seu nome como profissional competentíssimo. Por volta de 1901, subscreveu, com Urbano Neves, o famoso pedido de "habeas corpus" em favor da família imperial, para que esta pudesse voltar ao Brasil, pedido esse que despertou grande celeuma nos círculos jornalísticos e políticos do país.

Desenvolveu com assinalado êxito inúmeras campanhas em benefício das instituições de caridade locais, fundando, com o coronel Joaquim Montenegro, a Sociedade Amiga dos Pobres - Albergue Noturno.

Jornalista doutrinário, publicou uma série de artigos em que expunha os princípios filosóficos que adotara e fazia a propaganda de seus ideais, enfeixando-os depois em volumes. Publicou várias obras, entre elas Um pouco de tudo e Na esteira da luz. Foi diretor da secretaria do Centro Comercial e Industrial e mais tarde da Associação Comercial de Santos, cargo que ainda desempenhava ao falecer, em 18 de maio de 1933.

Foi um dos mais ardorosos propagandistas do abolicionismo, o que lhe custou um atentado contra a sua vida, ficando gravemente ferido da agressão que sofreu.

Em Santos, exerceu o cargo de vereador à Câmara Municipal e, no Estado do Rio de Janeiro, onde desenvolveu grande atividade política ao lado de Nilo Peçanha, foi eleito deputado à Constituinte da unidade fluminense.