Alfredo Maria Adriano
d'Escragnolle Taunay

Alfredo Taunay, primeiro e único Visconde de Taunay, nasceu em uma família aristocrática de origem francesa no Rio de Janeiro. Foi um escritor brasileiro do fim do século XIX, além de professor, político, historiador e sociólogo. Seu pai, Félix Emílio Taunay, era pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, e sua mãe, Gabriela Hermínia Robert d'Escragnolle Taunay, era irmã do barão d'Escragnolle.

Após seu bacharelado em literatura no Colégio Pedro II em 1858, com 15 anos de idade, Taunay estudou Física e Matemática no Colégio Militar do Rio de Janeiro, tornando-se bacharel em Matemática e Ciências Naturais em 1863.

Taunay combateu na Guerra do Paraguai como engenheiro militar, de 1864 a 1870, desta experiência resultando seu livro Retirada da Laguna, de 1869. Após seu retorno ao Rio de Janeiro, Taunay lecionou no Colégio Militar e iniciou simultaneamente sua carreira como político do Segundo Império. Atingiu o posto de major em 1875. Foi eleito para a Câmara dos Deputados pela província de Goiás em 1872, cargo para o qual seria reeleito em 1875.

Foi presidente da província de Santa Catarina, nomeado em 26 de abril de 1876. Assumiu o cargo de 7 de junho de 1876 a 2 de janeiro de 1877, quando o passou ao vice-presidente Hermínio Francisco do Espírito Santo, que o concluiu em 3 de janeiro de 1877.

Retirou-se da vida política em 1878, inconformado com a queda do Partido Conservador, saindo do país para estudar na Europa, retornando em 1880. Em 1881 é eleito deputado pelo estado de Santa Catarina, e em 1885 é nomeado presidente da província do Paraná, exercendo o cargo de 29 de setembro de 1885 a 3 de maio de 1886. Em 1886 torna a ser deputado, novamente pela província de Santa Catarina. Foi feito Visconde de Taunay por D. Pedro II em 6 de setembro de 1889.

Concluiu o monumento aos heróis catarinenses da Guerra do Paraguai, que inaugurou em 1 de janeiro de 1877, no Largo do Palácio, atual Praça Quinze de Novembro.

Foi ainda Deputado Geral por Goiás, de 1876 a 1878, e também por Santa Catarina, de 1882 a 1884. Foi Senador por Santa Catarina, escolhido de uma lista tríplice pelo Imperador em 6 de setembro de 1886, sucedendo Jesuíno Lamego da Costa.

Seu filho, o historiador Afonso d’Escragnolle Taunay, nascido no Palácio do Governo de Santa Catarina em 11 de junho de 1876 e falecido em São Paulo em 20 de março de 1958, foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Crítico das influências da literatura francesa, buscava promover a arte brasileira no exterior. No dia 21 de agosto de 1883 propõe à câmara dos deputados a autorização de uma soma para a realização de uma sinfonia por Leopoldo Miguez em Paris, nos Concerts-Collone. Anteriormente fora responsável pela promoção de Carlos Gomes no exterior.

Taunay foi um autor prolífico, produzindo ficção, sociologia, música (compondo e tocando), história e outros assuntos mais. Na ficção é considerado pelos críticos o Inocência como seu melhor livro. Com a proclamação da república em 1889, Taunay deixou a política para sempre. Faleceu diabético no dia 25 de janeiro de 1899.

Foi oficial da Imperial Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de São Bento, da Ordem de Avis e da Ordem de Cristo.

Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira n. 13, que tem como patrono Francisco Otaviano.