alberto sousa
Alberto Souza nasceu na cidade de Santos, no dia 20 de junho de 1870. Começou seus estudos no Colégio Juvena Santista. Aos quinze anos de idade iniciou seu trabalho na imprensa, trabalhando no Diário de Santos e em outros jornais da cidade. Aos dezessete já era destaque entre os jornalistas abolicionistas e acabou fundando, junto com o amigo Gastão Bouquet a publicação "A Revista", folha literária e republicana, que defendia ardorosamente a libertação dos escravos. A revista ganhou força com a colaboração de nomes fortes como Vicente de Carvalho, Arthur Andrade, Cândido de Carvalho, Constantino Mesquita, Antonio Augusto Bastos, Félix Carneiro, Sylvério Gomes, Júlio Ribeiro e muitos outros.
Em 1888, ano da libertação, Alberto Souza dirigia "O Bisturi", folha de combate, e ltambém colaborava na fundação da "Platéia", ambos na capital paulista. No mesmo ano entrou para o grupo de redatores do jornal "Província de São Paulo", dirigido por Rangel Pestana e Júlio Mesquita.
Em 1890 volta a Santos para trabalhar no "Diário da Manhã", dirigido pelo amigo Vicente de Carvalho, que assume, por sua vez, em 1892 o cargo de secretário de Interior de São Paulo. Souza é chamado pelo companheiro para assumir a chefia de seu gabinete.
Alberto Souza continuou colaborando com seus artigos para diversos jornais de São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e revistas de todos os cantos do Brasil. Voltou a trabalhar na imprensa paulistana como redator-chefe do Correio Paulistano e também do Commércio de São Paulo. Voltou a criar novos títulos como "A Nação", o "Íris" e "O Rebate", solidificando sua condição de grande jornalista e apurado escritor.
Em 17 de janeiro de 1895, Alberto Souza decide se retirar do jornalismo e aderir ao Positivismo. O jornalista era tido também como grande poeta, sendo que suas primeiras produções em prosa e verso foram criadas entre 1886 e 1887, quando ensaiava os primeiros passos na imprensa. Porém, seu primeiro livro só foi publicado em 1898, sob o título "Espiritualismo e Positivismo", ocasião em que adotou para suas obras a divisa literária "Droit et Avant". Após a publicação desta obra, Alberto Souza desiste do Positivismo e volta a trabalhar na imprensa, encarregando-se da fundação do jornal "Cidade de Santos", mantido pelo partido republicano.
Além de todos os jornais criados e artigos de grande repercussão, Souza foi bastante aplaudido quando escreveu "Os Andradas", uma série de textos publicados no jornal A Tribuna, onde também chegou a trabalhar. Esses artigos foram bastante elogiados por historiadores de peso, como Capistrano de Abreu e Rocha Pombo.
Pouco antes de sua morte, a Universidade de Virgínia, nos Estado Unidos, em reconhecimento aos seus feitos na área de ciências sociais, conferiu-lhe o grau de doutor "in honoris causa".
Alberto Souza faleceu em São Paulo, no dia 28 de setembro de 1927, aos 57 anos de idade, deixando mais de 15 obras editadas, além de centenas de artigos e poemas publicados nos mais diversos locais que trabalhou.