Cleóbulo Amazonas Duarte
Cleóbulo Amazonas era filho do Major Antonio Pedro Duarte e de Dona Irinéa Amazonas Duarte. Seus primeiros estudos foram feitos no Atheneu Sergipense, ao mesmo tempo tomando aulas particulares de francês e português.
Em 1913 foi para Santos e, no ano seguinte, para o Rio de Janeiro, onde se formou pela Faculdade de Direito, em 1921. Durante o tempo em que esteve morando no Rio, Amazonas Duarte sempre exerceu o magistério, dando aulas de geografia, história e português nos colégios Lessa e Silvio Leite e no Ginásio 28 de Setembro.
Formado advogado, voltou para Santos para exercer diversas atividades. Foi professor-titular de história da Economia da Faculdade de Ciências Econômicas e Comerciais de Santos durante dez anos e lecionou Direito Penal na Faculdade Católica de Direito. Também lecionou durante trinta anos na Associação Instrutiva José Bonifácio. Além do magistério, exerceu a advocacia durante quase cinquenta anos, quatro dos quais como Promotor do Estado, além de Consultor Jurídico da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo.
Também atuou no jornalismo, onde já se aventurara, como revisor do jornal "Correio de Aracaju", em 1912. Em Santos ele dirigiu os jornais "A Gazeta Popular" e o "Jornal da Noite", além de colaborar com a revista "28 de Setembro". A partir de 1919 esteve na "Revista do Comércio" e colaborou com "A Tribuna".
Participou ativamente de várias entidades, como sócio ou presidente, entre elas a Academia Sergipana de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico de Santos e a Academia Santista de Letras (1971).
Recebeu diversas comendas ao longo de sua vida: Mérito de Tamandaré, Mérito Cultural Rui Barbosa, Diploma Medalha de Amigo da Marinha, Medalha Cultural Imperatriz Leopoldina e Medalha do Patriarca, além da Medalha Príncipe Albert concedida pelo Principado de Mônaco.
Mas o título que lhe conferiu maior emoção e alegria foi o de Cidadão Santista, conferido em sessão solene da Câmara em 1963.
Escritor e poeta, deixou diversas obras literárias, entre elas "Pan e Vênus" (versos 1917), "Circuito de Agonia" (contos), "D. Pedro II" e "Atualidade de Rui Barbosa".
Faleceu a 12 de fevereiro de 1979, com 81 anos de idade